domingo, 25 de novembro de 2007




O abuso da autoridade acontece nos 4 cantos do mundo.. é revoltante o que se fez com esse homem. O imigrante polonês foi ao Canadá encontrar a mãe e ficou retido no aeroporto por mais de dez horas; sem falar inglês e, por isso, sem conseguir comunicar-se e resolver a situação, Robert Dziekanski de 40 anos estava nervoso e acabou ficando exaltado. Para ser contido, a polícia foi chamada, o que culminou nesta cena chocante.

Dziekanski morreu horas após ser atingido por uma arma que dispara choques de 50 mil volts
. O caso está sendo investigado pela polícia canadense, mas não se sabe o que será feito.

A conclusão possível: a impunidade vigora, a violência prevalece e a nossa vida vale cada vez menos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Exposições na Caixa Cultural

- Relatório produzido a partir da visita à Caixa Cultural.


Afetos Roubados no Tempo foi uma exposição construída a partir de peças confeccionadas em diversos países do mundo, onde casa artista produziu artefatos nas oficinas realizadas para que depois todo este material pudesse ser agrupado e exposto. Viga Gordilho iniciou este projeto durante sua viagem à África do Sul e não parou mais, pois ao chegar ao Brasil contou com o apoio de diversos setores, entre eles a Escola de Belas Artes da UFBA.
Amostra traz objetos-afeto criados a partir da vivência de cada artesão e do conceito particular sobre o afeto. Os mostruários são separados em meses do ano, onde se encontrou um sentido entre o que foi confeccionado e o contexto em que cada um poderia ser colocado.

Ecos de Dakar é uma exposição fotográfica da jornalista Márcia Guena com a curadoria de Marcelo Reis. Em uma busca ao passado de nossos ancestrais, Márcua Guena viajou ao Senegal, onde pôde colher imagens da raça e cultura africanas para que essa história de beleza e sofrimento ficasse registrada com a mais pura linguagem.
O curador desta mostra de arte acredita ser a fotografia a técnica artística mais democrática, pois permite ser compreendida por diversos leitores e é nisso que se apega a fotógrafa. Tudo é proposital: desde as imagens em preto e branco que visam um olhar mais técnico até as em cores que fazem irradiar a beleza da mãe África para que a percepção da ancestralidade negra não se perca.

Tomie Ohtake é uma gravurista japonesa que reside no Brasil há um pouco mais de sete décadas e que montou um apanhado de sua carreira, realizando a exposição Tomie Gráfica.
A arte de Tomie causa certa tensão e durante décadas foi mudando o ângulo de visão de suas obras, saindo das justaposições, fazendo alusões à natureza e acentuando a utilização de profundidade e transparência, especialmente nesta exposição. É uma retrospectiva do trabalho de Tomie, mas há novas perspectivas onde fica claro - para quem conhece - que ela abre mão da rigidez e da formalidade, criando com mais descontração.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Arnaldo Jabor



Arnaldo Jabor é um cara interessante, vale a pena ver e ouvir seus comentários.

Pierre Lévy, o filósofo da informação



Texto sobre a entrevista com Pierre Lévy

Pierre Levy foi entrevistado pelo programa Roda Viva e pôde responder a questionamentos sobre como a metodologia dos estudos, propostas e programas feitos por ele influenciam na sociedade.

São muitos pontos abordados, mas todos estão correlacionados, transformando esta discussão em uma grande teia de conhecimento. Levy propõe o aprendizado interativo a partir do uso de tecnologias inteligentes que estimulem a capacidade cognitiva do aluno.

Em meio a tantas propostas, o filósofo faz uma relação com a desigualdade social existente na sociedade. A “falta de fronteiras” é fruto da revolução no mundo digital, mas romper certas barreiras não significa cessar as desigualdades sociais. “Devemos imaginar um mundo melhor onde a inserção tecnológica ajudará muito, pois aproximará as pessoas e suas necessidades”. Segundo Levy, os computadores não estarão, necessariamente, nas casas, não sendo assim de uso totalmente particular, mas se localizarão em comunidades e bairros podendo articular as relações entre os indivíduos destas e de diversas localidades.

Ele fala também de uma democracia eletrônica e da utilização equivocada do seu conceito. Propõe uma democracia baseada na possibilidade de elaboração de soluções para os problemas vigentes e em uma melhor qualificação do conhecimento, e não mais fundada na instantaneidade de troca de informações por todas as pessoas.

Pode-se exemplificar tal democracia com a “árvore do conhecimento” elaborada para que cada indivíduo possa descrever suas competências. É um espaço de conhecimento informado pelos participantes, que surge a partir destas auto-descrições e se transforma o tempo todo. Levy diz que a sociedade é uma grande floresta onde as árvores crescem (conhecimento se que modifica e se expande), o fogo é a luz da consciência, o ar é a cooperação e assim por diante. É uma metáfora da nova vida em sociedade, baseada na interatividade e não mais no poder.

A Internet propicia o acesso a um grande número de informações – imagens, músicas, textos, etc. – e “é uma comunidade mundial e não uma metrópole como São Paulo, Paris ou Nova Iorque”, diz Levy, tendo, desta forma, dimensões muito grandes. O contingente de informações é fruto da diversidade cultural inserida na rede e, por isso, há uma relação tão próxima entre estes dois fatores (rede e cultura).

A quantidade de informação produzida pode acabar sendo um problema - um “dilúvio de informações” - e para Levy, as pessoas devem tentar salvar o essencial dos dados retirados da rede, assim como Noé fez com os animais, salvando o que havia de imprescindível. Cada indivíduo, dentro da sociedade deve saber filtrar as informações coletadas para dar sentido a elas, pois por trás de todas há um hipertexto que terá o foco direcionado pelos cidadãos que vão ‘consumi-las’.

A rede auxilia no processo de construção das democracias e diminui as ditaduras, pois é através dela que as pessoas retiram informações para transformar o conhecimento, não havendo mais alguém detentor do mesmo. Uma outra forma de enxergar o fim das ditaduras é com a possibilidade que as tecnologias dão de aproximar sociedades diferentes, misturando as culturas e formando uma grande comunidade.

Já na socialização pelos meios de comunicação, as comunidades virtuais estimulam os laços de interatividade. Pierre Levy dá um exemplo onde o indivíduo faz uma pergunta, as pessoas que estão em volta são estimuladas e passam a se questionar sobre tal fato, começando a procurar informações na Internet fazendo, assim, o conhecimento se reciclar. Isso gera empreiteiros de um novo mundo social que se desenvolve cada vez mais pelo uso dos meios de comunicação.

O filósofo francês propõe um mundo fadado à interatividade das grandes massas, possibilitando uma troca de informações selecionadas por quem vai adquiri-las. É um mundo mais ativo, mais próximo onde todos participam de uma só comunidade.

Clarice Lispector




O Cara !


Atividade de Informática Aplicada, onde conhecemos melhor o programa Corel Draw.


" Traídos pelo Desejo ", uma visão do leitor

Falar do comportamento humano é algo muito complicado pela complexidade com que se dá o seu desenvolvimento. Mônica Tarantino e Juliane Zaché trazem um texto de fato bastante informativo e bem escrito; as autoras aliam informações precisas a uma sensação de compromisso com o leitor.
Tratando de desejos incontroláveis que estão acompanhados de tensão e ansiedade, o texto relata casos de pessoas que passaram do ponto. A interferência destas compulsões na vida podem acarretar diversas desvantagens e, falando sobre isso as autoras são capazes de alertar o público alvo.
Não que haja a intenção de mudar comportamentos, pois não há. Há sim uma linguagem usada pelas autoras que fazem constatações e informam ao leitor, mesmo que subjetivamente, uma forma de reconhecer vontades incontroláveis em si, agindo como alerta da compulsão.
Falando de condições diversas que leva a essa compulsão e relacionando bem os fatos, o texto ganha credibilidade. É essa a melhor ferramenta usada nesta composição textual: uma aliança entre casos cotidianos presemtes na vida de muita gente e a boa descrição deles.